A obesidade e o turismo
01/03/12 19:34A recém-aberta atração “Habit Heroes”, no parque temático Epcot Center, da Disney, em Orlando, já foi fechada. O motivo? Segundo o site oficial da Disney, para manutenção. Já uma reportagem no jornal inglês “The Guardian” afirma que o brinquedo, que promove a adoção de hábitos saudáveis e a prática de exercícios, foi fechado após receber críticas de uma associação que o considerou ofensivo para as crianças obesas.
Segundo a reportagem, a National Association to Advance Fat Acceptance, associação que combate o preconceito contra obesos, afirmou em um comunicado público que a atração de reforça estereótipos de crianças obesas e as estigmatiza por sua condição. Uma petição on-line também pediu o fechamento do brinquedo.
(Foto: Luisa Alcantara e Silva/Folhapress)
Vista da área do pavilhão japonês no Epcot Center
O brinquedo utilizou vilões de quadrinhos chamados Snacker (em tradução livre, alguém que belisca comida), Lead Bottom (algo como “bumbum de chumbo”) e The Glutton (o glutão) para alertar sobre os perigos da má alimentação e do sedentarismo.
Não é de hoje que o tratamento de obesos gera polêmica no mundo do turismo. Mas, até agora, a questão se concentrou na questão dos assentos no avião. A política que prevê a compra de dois assentos para obesos é constantemente criticada como discriminação e penalização dos passageiros muito acima do peso por sua condição.
E você, o que acha do fechamento do brinquedo no Epcot? E da questão dos assentos em aviões?
Não custa lembrar que via de regra as novas gerações são mais altas que as anteriores. É hora de as companhias reduzirem a quantidade de poltronas nos aviões e os fabricantes Boeing, Air Bus e Embraer providenciarem assentos alguns centímetros mais largos. Será que não existe um órgão internacional para normatizar essas coisas? Eu não acredito. Aqui no Brasil, terceiro mundo, temos o INMETRO e a ABNT – Associação Brasileira do Normas Técnicas vigiando produtos noite e dia.
Estendendo a discussão
A ordem de compactar gente chegou perigosamente à arquitetura. Apartamentos cada vez menores, janelas mínimas, pé direito mais baixo e prédios cada vez mais próximos, quase encostados um no outro são cenas recorrentes nas cidades. Áreas verdes nesses condomínios estão tornando-se coisa rara.
Defasado e omisso, o Código de Obras de São Paulo de 1993 ignora o abuso em nome de uma tal ‘função social da propriedade’ que permite a construção de verdadeiros campos de concentração como podem ser chamados os conjuntos habitacionais. Em prédios com elevadores onde mal cabe um carrinho de feira ou uma cadeira de rodas, o espaço de lazer das crianças é a garagem.
Precisamos de um vereador que tenha peito de enfrentar as poderosas construtoras acabando com esse abuso. Caso contrário em pouco tempo as cidades serão o ambiente favorável ao surgimento de uma sociedade de doentes.
Nossa… ninguém parou pra pensar que o assento é que é muito pequeno??? Até uma pessoa normal fica apertada! Ou que a companhia aérea deveria pensar em uma solução para estes casos??? A obesidade, principalmente a mórbida, é furto de patologias, senão físicas, psicológicas. Ninguém quer ser gordo, apenas não consegue controlar seu peso. Não cabe à ninguém julgar o motivo nem mesmo querer que a pessoa pague a mais para poder viajar. Isto deveria ser resolvido pela própria empresa de transporte aéreo. Desejo do fundo do meu coração que vocês que falaram estas besteiras não passem por isso, muito menos alguém da família de vocês, pois nenhum ser humano merece sofrer e nem ser julgado desta forma.
*fruto
Vocês incomodados com a pessoa do lado que se mudem,sei lá nao quer ir do lado de uma pessoa obesa no aviao então compra um aviao para vocês sozinhos bando de preconceituosos
Concordo!!! Compra primeira classe!!!
Salvo raras patologias, obesidade = excesso de comida + sedentarismo.
O gordo(a) quer sentir prazer comendo até se acabar. Para que algumas pessoas comam demais, outras tem que comer menos ou passar fome, como acontece com quase 1,7 bilhões de pessoas no planeta terra que morrem diariamente por falta de comida (sugiro a leitura de “O mundo não é plano”). Como se não bastasse depois de sentirem um enorme prazer comendo, querem que as demais pessoas se solidarizem com eles e viagem espremidas nos seus assentos em aviões, metrôs e etc. Aliás, no metrô de SP já há vergonhosos assentos para gordos (as). Depois de tudo isso, ainda pagamos a conta deles no SUS, os miseráveis comem, ficam gordos (as), adoecem de tanta gordura e os demais pagam a conta através de seus descontos salariais destinados ao INSS, sem contar que muitas pessoas deixam de ser atendidas na saúde pública, porque na fila tem um (a) gordo(a) na frente porque passou a vida enchendo a pança de porcaria e depois vai procurar o doutor. Daqui a 300 anos estou certo que tem terá direitos e privilégios são aqueles que cuidam da saúde e não os que a negligenciam.
Gordos e gordas fechem a boca e mexam o corpo, o planeta e a civilização agradecem.
Abaixo a democracia, viva o bom senso.
Já fui aos EUA algumas vezes e sempre me impressiono com a quantidade de obesos naquele país. Fica evidente que os hábitos alimentares contribuem para isso, pois ao observar as famílias nos parques percebo que tanto os pais quanto os filhos, inclusive os bem pequenos, já estão com acentuado sobrepeso. Creio que esse movimento para fechar o brinquedo é “tapar o sol com a peneira”, usando a bandeira do preconceito. A obesidade já é um problema de saúde pública nos EUA.
Eu me recuso a comprar dois ou três assentos, pois sou um ser humano igual a todos, e se eu posso me solidariezar com outro passageiro obeso, as outras pessoas deveriam parar de discriminar e ceder um espaço que muitas vezes não usam da poltrona pra quem realmente precisa.
Gleyci, você é um ser humano igual a mim, que só precisa de mais espaço para ter mais conforto.
Contudo, o espaço das poltronas nos aviões já é muito pequeno. Sou pequena, e ainda assim não viajo com o conforto de que gostaria – ou seja, não tenho um espaço para ceder; se fizer isto, para que você viaje confortavelmente *eu* ficarei desconfortável. Não acho justo.
Não acho que seja questão de conforto, mas sim de ser ou não viável. Se vc quer conforto viaje de primeira classe.
Continuo concordando com a Priscila. E claro que se trata de conforto, e de cada um respeitar o seu espaço. O problema é que alguém obeso, ou mesmo muito grande, não consegue se manter no seu, invadindo o alheio. E quero ter este espaço respeitado, mesmo viajando de economica, já que por ela estou pagando.
Gleyci, discordo de você porque, sendo muito alto, precisaria de mais espaço para minhas pernas e, como na economica isso nao existe, precisaria utilizar um pedaço da poltrona vizinha para encaixar minhas pernas dobradas. Isso, obviamente, gera desconforto para o passageiro ao lado.
Pago primeira classe quando possível e, sim, acho justo que eu pagasse duas poltronas para poder colocar minhas pernas onde quisesse.
A responsabilidade pela nosso tamanho não é dos outros e eles não deveriam ser penalizados com mais desconforto para que nós fiquemos confortáveis.
Mas esta é minha opinião. Não é mais nem menos certa do que a sua.
Concordo. Quero usar o espaço pelo qual paguei. Não quero ser obrigada a ceder nada a outra pessoa sem ser consultada anteriormente. Pagarei a passagem inteira, mesmo usando”meia poltrona” durante a viagem.
Gleicy, vc é um ser humano igual a todos os outros, e por isso deve respeitar o espaço do outro. E em um avião principalmente na classe turistica, não existe “espaço que não se usa”.
Nossa, Por isso que o mundo está assim hoje, todo mundo só pensa em si mesmo, vc acha querida que eu pedi pra nascer assim? Vc sequer pode compreender o quão dificil é essa condição. Queria viver num mundo onde respeitassem as diferenças. É igual vc estar num onibus e não ceder o lugar pra um idoso. Vc nao pagou a passagem inteira?
ceder um lugar para um idoso é beeem diferente de ser incomodado no avião por alguém gordo do lado…
nenhuma viagem de ônibus que dura 3 horas, vc vai ter que ceder seu lugar para um idoso..
agora, no avião, o preço da passagem é cara, a cadeira é disconfortável.. eu, como consumidora, tenho pelo o direito do meu pequeno assento…
se o assento convencional não é adequado para obesos, ou eles tem que se adequar ao assento e emagrecer ou comprar dois….
Em alguns brinquedos cardiopatas e pessoas que apresentam problemas neurologicos não podem utilizar e não existe nenhuma associação em defesa deles. Com a obesidade é a mesma coisa se acham constrangidos não devem ir. Este brinquedo em questão estimula os bons hábitos e a qualidade de vida por isso jamais deveriam ser fechados.
Na questão dos assentos dos aviões é justo ter de comprar dois assentos, Não tenho a menor culpa pela obesidade de outros, e viajar esmagado por horas, também fere meus direitos a um assento confortável. Cada passageiro deve ocupar apenas o assento que comprou, e não invadir os de outros pessoas. por favor.
Concordo com você, Paulo. Já peguei avião ao lado de passageiros bem grandes (nem obesos eram) e minha viagem foi um inferno, passei o tempo todo espremida.
Quanto ao brinquedo, acho injusto fechá-lo pois ele prega hábitos saudáveis de vida. Não imagino que ele possa humilhar alguém; aliás, se ele fizer uma criança obesa parar pra pensar que algo pode ser mudado em sua vida, já terá feito algo positivo.
Concordo em genero numero e grau… cada um é responsavel pelo seu tamanho