Especulação imobiliária "detona" São Paulo
02/03/12 18:47Felizmente, a gestão Gilberto Kassab (PSD) não conseguiu ‘vender’ 20 terrenos e imóveis públicos em ‘troca’ de construir creches não se sabe bem quando e nem aonde…
Assim, os paulistanos foram poupados da senha dinamitadora que iria colocar abaixo, por exemplo, o chamado Quarteirão do Itaim: conjunto de prédios que, incluindo uma creche, a biblioteca Anne Frank, um teatro e um posto de saúde presta serviços à população e, desde décadas, ocupa uma área simpática e arborizada de 20 mil metros.
Mas com as eleições municipais no horizonte, é bem possível que um novo prefeito, a ser eleito em outubro, ressucite essa ideia infame entregar para construtoras privadas esse Quarteirão do Itaim que, afinal, é público.
Outrora um bairro de casinhas e de comércio de bairro, o Itaim-Bibi virou um cateiro de obras e viu crescer imensos espigões de gosto duvidoso sem planejamento urbano.
O mesmo acontece nesse momento com outros bairros: em Pinheiros, no largo da Batata, na Vila Madalena e na Pompeia, todos eles condenados e à mercê da demolição.
Na Vila Madalena, ao menos, um grupo de cidadãos tem se reunido no escritório do arquiteto Isay Weinfeld para reivindicar o tombamento de um quadrilátero compreendido pelas ruas Harmonia, Wisard, Fidalga e Aspicuelta.
Seria ótimo que a ideia vingasse. São Paulo está ficando uma cidade sem cara, além de ser uma metrópole caríssima, violenta, de trânsito caótico, sem ciclovias, sem áreas públicas de estacionamento e sem muitas áreas verdes e alternativas de lazer.
Há quem argumente que as velhas casinhas da Vila Madalena, de Pinheiros, do Itaim-Bibi e da Pompeia não têm “valor histórico” que justificasse o tombamento. Mas, se fossemos pensar assim, só o palácio de Buckingham poderia ser tombado (e ele fica em… Londres)!
Aqueles prédios, por modestos que sejam, fazem parte da história da cidade, documentam como as pessoas viviam e, ainda que não fosse pelo “estilo”, deveriam ser congelados para impedir o paredão de prédios que as construtoras estão erguendo por toda a parte.
Qualquer metrópole que se respeita zela para que a urbanização combine harmonicamente prédios, casas e parques.
Antropofágica, São Paulo destruiu nos anos 1940 seus principais prédios de taipa (o Pátio do Colégio e a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, entre outros. Sim, eles foram refeitos com tijolos e concreto, mas perdemos os originais, o que foi uma lástima).
Nos anos 1970, outra onda de demolições e de verticalização mudou o perfil urbanístico da capital paulista, substituiu ruas comerciais por shopping centers, mudou indelevelmente o estilo de vida do paulistano.
Mas nada se compara com o que está acontecendo agora, com quarteirões inteiros sendo demolidos da noite para o dia.
Em nome da qualidade de vida do cidadão e da memória arquitetônica de São Paulo, não seria melhor congelar ou tombar tudo e, então, discutir caso a caso os prédios e espaços que deveriam estar à salvo da demolição orquestrada pelas grandes construtoras com o eventual beneplácito da Prefeitura?
….na minha opinião o pais esta criando uma bolha imobiliaria sem dimensões, eu possuo imovel proprio para morar, mas quem ainda nao possui com os preços absurdos, daqui a pouco so conseguirao morar de aluguel em locais distantes, apartamentos no leblon no rio estao valendo mais que em manhatan nos estados unidos, um absurdo
A bolha imobiliária virá se continuar desse jeito. Em Salvador, Ba, a loucura está demias. Constroi-se em qualquer lugar, porque a Prefietura quer é arrecadar. Não pensa nos problemas de trânsito, por exemplo, ventilação etc. O que menos importa pra ” eles” é ser racional.
Estou de pleno acordo com a matéria que condena a especulação que vai acabar levando a quebradeira as contrutoras, os agentes financeiros, também recursos do FGTS, gerando bolha imobiliária e afetando a economia como um todo.
“senha dinamitadora” = SANHA dinamitadora
“cateiro de obras” = CANTEIRO de obras
O autor poderia pelo menos habilitar o corretor ortográfico do seu editor de texto, em vez de passar para o estagiário publicar.
Meu caro José Caputo
A imagem de cidade rica que temos ainda é a americana, com seus ‘arranha-céus’ gigantescos.
Algumas pequenas cidades do interior brasileiro tem essa característica. Embora haja espaço de sobra, alguém resolve erguer um prédio. Olhando a paisagem do alto, imperando sozinho em meio às diminutas casas, o prédio é alvo de cobiça dos novos ricos do lugar. Todos querem subir, literalmente. Quanto mais alto, mais rico. Não sem motivo a cobertura é a unidade mais cara do prédio. Pronto, o virus dos espigões está inoculado na população. Era uma vez uma aprazível cidade.
Como disse o Chico Anísio, tudo que não presta foi inventado pelos americanos. Até em arquitetura.
Carlos, é preciso considerar, ainda, que a questão da violência urbana também está presente nas pequenas e médias cidades. E morar em prédio é mais seguro que morar em casa, apesar dos arrastões recentes em edifícios. Quando o ladrão pula o muro de uma casa, aquela casa será assaltada, com 100% de certeza. Quando uma quadrilha invade um prédio que tenha 50 apartamentos, ela assalta meia-dúzia de apartamentos e terá de fugir, porque o risco de que alguém descubra a ação e denuncie para a polícia é grande. Ou seja, mesmo com a quadrilha dentro do prédio, pouco mais de 10% das unidades foram assaltadas. Estatisticamente, é muito mais seguro viver em prédio do que em casa. E com a realidade de violência urbana que temos, isso não pode ser desprezado.
Verdade, meu caro Parresia.
A violência atrapalha qualquer projeto de planejamento urbano, a ponto de as pessoas não desejarem praças na frente de suas casas uma vez que elas atraem maus elementos. Você já observou como a cidade está coalhada de grades, inclusive nos espaços públicos?
Penso que em uma análise final São Paulo precisa mesmo é de desconcentração. São Paulo cresce 200 mil habitantes/ano. Embora a metrópole esteja saturada, hoje mesmo o Movimento dos Trabalhadores sem-teto organizou uma invasão em Santo André e outra em Itapecerica da Serra, enquanto o interior brasileiro permanece desabitado.
Empregos são cada vez mais difíceis, não há vaga nas escolas, o atendimento à saúde é sofrível, não há mais onde construir sem devastar ainda mais o meio ambiente, os presídios estão abarrotados e a violência só aumenta. Os prefeitos, meros síndicos da cidade, governam com um extintor de incêndio nas mãos.
O governo federal responde com injeção de recursos. PAC das favelas, bolsa família, Direito à Cidade, Minha Casa Minha Vida e outras bandeiras que só atraem mais moradores para as grandes cidades. Deveria tratar dos problemas em suas causas, não nos efeitos.
Enquanto perdurar a lógica que ‘São Paulo é a mais rica e pode resolver seus problemas’ esta cidade será vista como a latrina do Brasil, o lugar para onde devem ser enviados todos os problemas.
Não é sem motivo que muitos políticos estão transferindo seu domicílio eleitoral para São Paulo, a serra pelada eleitoral.
Concordo com você. Uma cidade com 11 milhões de habitantes, mais a população flutuante da região metropolitana, é inviável. E com grande parte das pessoas entrando e saindo do trabalho nos mesmos horários, pode quintuplicar a extensão do metrô que ele sempre estará superlotado nos horários de rush. E se fosse transformar São Paulo em uma cidade que tivesse apenas casas térreas, com áreas verdes e bom espaço de distância entre elas, as pessoas que hoje moram nas bordas (Cidade Tiradentes, Taipas, Parelheiros) iriam parar lá na Guiana Francesa, porque você não conseguiria acomodar os 11 milhões de habitantes em casas com essas configurações dentro do perímetro da cidade. Enfim, enquanto não houver descentralização do desenvolvimento em direção ao interior, as metrópoles são absolutamente inviáveis e todas as soluções são meramente paliativas.
Se os parisienses pensassem como os paulistanos, a Paris que conhecemos não existiria mais.
É porque a principal característica de Paris (e das cidades europeias de forma geral) é a tradição, enquanto a de São Paulo é a transformação. Na minha opinião, as duas cidades caminham no sentido certo, porque respeitam as suas características culturais mais fundamentais.
Moro em Cincinnati-OHIO, aqui procede-se da mesma forma. Preserva-se o antigo, mas o novo esta mais vivo do que nunca. Lembro-me ainda quando os casaroes da Rua LIbero Badaro ainda existiam, um deles era a camara dos vereadores, outro era um restaruante/ bar ja encostando no Viaduto. Nao faz muito tempo nao. Digamos 50 anos? ve-se agora, que tudo foi ao chao e o que sobrou foram as lembrancas.Era pequena, mas adorava ir com meus pais tomar um guarana, olhando para o velho Vale do Anhangabau. Ourtro exemplo, a atual Avenida Faria Lima, meu tio trabalhava com demolicao e nao foram poucas as vezes que ele comentava: que tristeza colocar todas estas mansoes abaixo. tenho ate hoje uma bandeja de prata trabalhadam (meia carcomida pelo tempo) achada no sotao de uma delas. Alto da Lapa aonde passavam as boiadas para o Frigorifico, hoje eh um empurrapurra para ver quem espicha mais o proximo espigao. La sim, a cara de uma Vila bucolica virou uma barulheira e o novo rico achando-se dono da cocada. Enfim, que poderemos fazer. Ha assunto demais para colocarmos aqui, mas o espaco eh limitado.
Continue, Gloria. O espaço é livre e democrático.
Vamos fazer barulho até o governo acordar.
grande abraço
Moro em Cincinnati-OHIO, aqui procede-se da mesma forma. Preserva-se o antigo, mas o novo esta mais vivo do que nunca. Lembro-me ainda quando os casaroes da Rua LIbero Badaro ainda existiam, um deles era a camara dos vereadores, outro era um restaruante/ bar ja encostando no Viaduto. Nao faz muito tempo nao. Digamos 50 anos? ve-se agora, que tudo foi ao chao e o que sobrou foram as lembrancas.Era pequena, mas adorava ir com meus pais tomar um guarana, olhando para o velho Vale do Anhangabau. Ourtro exemplo, a atual Avenida Faria Lima, meu tio trabalhava com demolicao e nao foram poucas as vezes que ele comentava: que tristeza colocar todas estas mansoes abaixo. tenho ate hoje uma bandeja de prata trabalhadam (meia carcomida pelo tempo) achada no sotao de uma delas. Alto da Lapa aonde passavam as boiadas para o Frigorifico, hoje eh um empurrapurra para ver quem espicha mais o proximo espigao. La sim, a cara de uma Vila bucolica virou uma barulheira e o novo rico achando-se dono da cocada. Enfim, que poderemos fazer. Ha assunto demais para colocarmos aqui, ms o espaco eh limitado.
Não é o Kassab ou qualquer outro prefeito. O problema é a lei.
O tão ansiosamente aguardado Plano Diretor aprovado em 2005 na gestão Marta Suplicy até agora não funciona. Não nessa parte de preservação.
Enquanto o PD não sai do âmbito das discussões, prédios continuam sendo erguidos em ruas com 5 ou 6 metros de largura, algumas vezes em ladeiras com mais de 100% de inclinação. A lei permite ou silencia.
Se era para elaborar um Plano Diretor eficaz somente no campo das intenções, melhor seria ter deixado como estava e dar mais poderes ao Condephaat. Ter um PD inócuo, que não protege a cidade da destruição especulativa é não ter nada.
Em contrapartida existem bairros inteiros em São Paulo que não passam de favelões, especialmente nas áreas de proteção aos mananciais das zonas sul e norte. Ruas tortuosas que parecem becos, sobe e desce de ladeiras, barracos de três, quatro ou cinco andares, um horror.
Estes sim, merecem ser demolidos sumariamente para dar lugar a bairros planejados que realmente protejam os mananciais das fezes dos moradores. Mas o que faz o governo? Mantém esses imensos bolsões de miséria onde estão em troca de votos, milhões de votos.
Resumo: não espere que o poder público vá livrar essa cidade da sanha destruidora das construtoras ou da epidemia de construção de barracos que vem dizimando o que resta de mata atlântica. O que nos mantém a salvo são atitudes como a dos moradores do Planalto Paulista que uniram-se para salvar o bairro.
Precisamos juntar todas as associações de moradores para salvar essa cidade.
O traço cultural mais marcante desta cidade é a transformação, o empreendedorismo. Os migrantes e imigrantes que vieram e continuam vindo para cá e que deram esta personalidade para São Paulo, deixando família, amigos, raízes e cultura para trás, estavam em busca de prosperidade, de enriquecimento. Acho que algumas construções muito emblemáticas devem ser preservadas. As demais, não. São Paulo é a cidade em que o sítio virou palacete, que virou um loteamento de sobradinhos, que virou prédio residencial, que virou prédio comercial, que virou hotel, que virou universidade e que ainda vai virar muitas outras coisas. Não são a arquitetura, os antigos modos de vida, o traçado da ruas que determinam a cara de São Paulo. É o espírito de transformação. Cada um de nós carrega consigo um pouco do ethos dos antigos Bandeirantes.
Meu caro Parresia
Seu comentário nos dá uma pista para entender porque São Paulo é uma cidade sem rosto, sem identidade. É uma cidade que rasga sua história para escrever outra, constantemente.
A arquitetura é um documento que conta parte da história dos imigrantes que fizeram São Paulo. Tem que ser preservada. A avenida Paulista é talvez o maior exemplo do que não deveria ter sido feito em nome do ‘progresso’ palavra de temeroso significado.
grande abraço.
Carlos, respeito a sua opinião, mas, democraticamente, discordo dela. A nossa essência é a transformação. A Paulista é um bom exemplo disso. Volta e meia, há um estardalhaço porque mais um palacete dos ex-barões do café virá abaixo. Na Paulista, é líquido e certo que dois palacetes jamais virão abaixo. O Instituto Pasteur e a Casa das Rosas, ambos equipamentos do Estado. E, muito provavelmente, outros dois, ocupados por agências bancárias, também não virão, porque são um bom instrumento de marketing para essas instituições (as agências do Personnalité e a do Santander). Ora, quatro palacetes não são suficientes para preservar a origem histórica da avenida? A cidade não pode ser engessada, sob pena de violarmos a nossa característica cultural mais marcante: o empreendedorismo.
Empreendedorismo é um traço marcante dos imigrantes, claro. Entendo porém que é possível preservar sem deixar de ser empreendedor, concorda?
grande abraço
Acho incrível essa mania de achar que construir espigões é desenvolvimento. Vejam a Europa que conserva sua magnífica herança arquitetônica. Será que Paris, Londres e Milão são exemplos de atraso?Invente outra, Parresia
Passei a minha vida no Planalto Paulista, bairro que escapou por um triz de ser totalmente aniquilado como foi Moema , infelizmente não temos o costume igual aos EUA onde a comunidade do bairro ( hill, district ou county ) tem que ser consultada pelo construtor antes de ser erguido qualquer predio ; é por isso que Boston é tão preservada e bonita , pois é obrigatorio uma audiencia publica promovida pelo construtor ( real state developer ) e o conselho do condado
Meus parabéns ao moradores e à associação do belíssimo bairro. Precisamos seguir exemplos assim.
Vou lhe contar uma coisa:
Em 1998 o então vereador Nelson Proença elaborou um projeto de lei denominado ‘Bairros Verdes’. A ideia era proteger bairros como o Planalto Paulista mantendo suas características como a horizontalidade, largura das ruas e especialmente a significativa quantidade de árvores
TODAS as Associações de Moradores de bairros de São Paulo – inclusive do Planalto Paulista – aderiram à campanha pela aprovação do projeto de lei.
No fim o PL não foi aprovado e o vereador retirou-se da vida pública. O projeto encontra-se engavetado na câmara.
O episódio entretanto virou um marco na política urbana paulistana. Alguns vereadores passaram a adotar uma postura mais preocupada com preservação, meio ambiente, lixo urbano, etc. O mais importante porém foi o engajamento da população. Mostrou que a mobilização em defesa não de interesses individuais mas da cidade é capaz de mudar mentalidades.
O velho ditado ‘a união faz a força’ ainda existe.
um abraço
Acredito que o tombamento de todos seria um exagero, porque com este processo a manutenção seria impossível, muitos destes prédios antigos estão com suas fundações danificadas pela ação do tempo e qualquer restauração ou reforma demoraria anos para ser aprovada e anos mais para sua execução. Concordo que é uma lástima destruí-los, mas burocracia mante-los é ainda mais lamentavel.
O que mais entristece é saber que esses espigões horrorosos são financiados por dinheiro público e depois novamente financiados para compradores finais também com dinheiro Público. Os financiadores públicos ignoram por completo a qualidade de vida das cidades, que são pouco a pouco descaracterizadas.
Caputo, as cidades europeias não são sinônimos de atraso, mas, lá, o traço cultural mais marcante é o da tradição, como refletiu bem o Tocqueville em “A democracia na América”. Paris faz muito bem quando restringe ao máximo mudanças na configuração da cidade. Está sendo coerente com a sua característica cultural mais fundamental. E, na minha opinião, São Paulo também está sendo coerente com a sua característica cultural mais fundamental quando permite que um conjunto de sobradinhos charmosos dê lugar a um espigão de gosto duvidoso. O paliteiro no qual nos transformamos pode ser uma tragédia do ponto de vista arquitetônico e urbanístico, mas revela a pujança do espírito transformador e empreendedor que é a nossa principal característica enquanto cidade. Mais trágico seria tentar ser o que a cidade não é.
Discordo, Parresia.
São Paulo é prenhe de história. A começar pelas capitanias hereditárias, passando pela independência do Brasil e chegando até os primeiros imigrantes no início do séc. 20, há muito o que ser preservado nessa pujante cidade.
Como disse, a arquitetura é o documento mais importante da história de um lugar. Uma cidade é um processo histórico.
Sugiro para você o ótimo ‘Tudo que é sólido desmancha no ar’ de Marshall Berman. Berman mostra como o contínuo processo de demolição e reconstrução está destruindo a história das cidades, especialmente no terceiro mundo.
Cidade sem história, povo sem identidade.
Talvez seja esse o motivo do Brasil não gostar de São Paulo. Mesmo alguns paulistanos não gostam da cidade mas do dinheiro que aqui extraem, como se São Paulo fosse uma imensa serra pelada urbana. Porém em recente pesquisa da Folha 59% declararam que querem ir embora. Certamente não é essa cidade rejeitada que queremos deixar para filhos e netos.
Precisamos equacionar preservação com crescimento. No meu modesto entender, São Paulo não pode mais crescer utilizando cimento como fermento. As cidades brasileiras crescem feito câncer, destruindo tudo. Sem áreas verdes para respirar, o tecido urbano está agonizante. Precisamos criar novas formas de pensamento onde a palavra ‘crescer’ tenha conotação positiva.
abraço
Aliás, sobre a história de São Paulo, recomendo vivamente um recente lançamento da Imprensa Oficial do Estado, chamado “História Geral do Estado de São Paulo”. São 5 volumes, que cobrem do século 16 ao final do século 20, organizados pelo historiador Marco Antonio Villa, da UFScar, e que tem, entre seus autores, o historiador José Jobson de Andrade Arruda e o sociólogo José de Souza Martins, ambos da USP.
Muito boa sugestão. Vale a pena investir na compra desses livros.