O pior lugar do mundo é aqui e agora!
16/03/12 17:59Em São Paulo, arrastões em restaurantes são cada vez mais comuns, e quem não é assaltado à mão armada, tendo que entregar carteira e relógio, em geral tem que pagar entre R$ 18 e R$ 20 para deixar o carro no “valet parking”, que, aliás, estaciona não se sabe bem onde, e muitas vezes não inclui seguro.
Se a cidade já é hostil para o paulistano, que, além da violência urbana, enfrenta o trânsito caótico, as péssimas condições em que opera o transporte público e a total ausência de ciclovias, para ficar em apenas alguns exemplos, imagina como ela surge aos olhos de um turista estrangeiro!
A passos de tartaruga, o metrô de São Paulo é implantado sem grandes sinalizações em outras línguas, o que denota a pouca preocupação com visitantes que não falam português.
E os motoristas de táxi? Alguém pensou neles como parceiros do turismo receptivo? Alguém viu alguma melhora na sinalização dos lugares mais propriamente turísticos da capital paulista? E postos de informações turísticas nas principais avenidas e diante de museus?
Sim, entre nós, o turismo ainda engatinha.
Quem chega no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, logo se depara com a desorganização, e não faz muito tempo que uma quadrilha foi pega desviando e surrupiando malas da esteira que atende os voos internacionais.
Outra questão: se em qualquer padaria há câmeras para monitorar a ação de meliantes, não era para o maior aeroporto internacional brasileiro também ser monitorado por circuito interno de TV?
E no Rio, onde, recentemente, uma funcionária do aeroporto do Galeão se feriu ao cair num bueiro aberto próximo ao Terminal 1 porque uma empresa contratada pela Infraero fazia reparos sem tomar os necessários cuidados?
Turismo não combina com insegurança e nem com improviso e, para hospedar megaventos que estão no horizonte, o Brasil terá que fazer esforços para melhor nos quesitos violência urbana, capacitação profissional das pessoas envolvidas na recepção dos turistas e, também, em investimentos em infraestrutura aeroportuária, portuária e viária.
Principal sede dos megaeventos que o país deve sediar, o Rio terá agenda cheia até 2016: hospeda a Rio+20, conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável agora em junho e, depois, a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016).
Se é que vamos conseguir dar conta de mostrar para o mundo uma imagem de um Brasil que realmente cresce e se moderniza, temos que vencer a inércia e trabalhar com pressa e empenho. Do jeito que está e com a mentalidade vigente, o país corre o risco de virar sinônimo de fiasco.
Morando na Europa e com familia em São Paulo, a cada vez que desembarco em Guarulhos da vontade de chorar com tamanho descaso com a principal porta de entrada do Brasil. Um universo separa Guarulhos de Munique Franz J. Strauss, Istambul Atatürk, Cingapura Changi ou Seoul Incheon pra citar somente alguns… Quando eu leio aqui e ali planos para abrir ou desenvolver projetos de turismo “haut de gamme” no territorio brasileiro tenho vontade de rir, pois como é que a gente pode pensar em oferecer algo de luxuoso sem mesmo ter a infra-estrutura para o basico necessario!? Sem contar os preços que estão mais para um pais escandinavo que latino-americano… Depois perguntam por quê com tantas belezas naturais, nosso pais recebe poucos turistas.
Toda vez que volto da Europa, tenho mais certeza de que não se tem a visão da coisa pública por aqui. Lá, existe respeito e cuidado por tudo que é de todos, aqui, o público é pra ser desperdiçado. Esse país é totalmente anacrônico e tenho cada dia mais medo de morar num lugar onde nem as normas de trânsito básicas são respeitadas. Um dia isso vai se sobressair ao tal boom da economia.
Visei em Janeiro as cidades de Dresden, Praga, e duas cidades na Polônia, Krakow e Varsóvia. Havia Tourist Information e Wi-Fi em todas as lugares no centro dessas cidades. Em Dresden, quando cheguei tarde da noite, os serviços do aeroporto estavam abertos e a funcionária até chamou um taxi par mim. Nos muséus de Dresden, tudo é escrito em alemão, inglês e russo. Os Russos vêm em massa visitar os museus em Dresden. A cidade é perfeita para tudo, prática para visitar, fazer compras, andar, etc. Praga é uma das mais lindas cidades do mundo. Tudo escrito em Inglês, Tcheco e Alemão. Todo mundo fala Inglês nos museus, todo mundo informado tudo. Não precisei falar inglês porque falo Alemão fluentemente mas aprovetei para desenferrujar o meu russo que estudei. A cidade é limpa e tourist friendly. Os museu são excelentes, a comida é ótima, as pessoas são simpáticas. Em Krakow, tudo é perfeito, nenhum buraco na rua, os transportes funcionam, nenhum arrastão, todo mundo fala inglês. Perdi-me Krakow saindo do restaurante, encontrei um Judeu que me levou de volta ao hotel com o carro dele. Até em Auschwitz, o guarda no mei de 30cm de neve na bota que toma dos prédios, fala inglês e guia de forma competente, correta e simpática os turistas Em Varsóvia, tudo é perfeito, postos de turismos em toda parte no centro, a cidade é super limpa, os transportes são perfeitos. A cidade é segura e limpa, todo mundo é simpático. Certos museus em Varsovie são de graça, visitei tudo até o novo estádio de futebol.
Nenhum buraco, nenhum arrastão, ninguém roubou a minha mala, meu Ipad2 e Ipod, meu laptop Apple Book Air, minha máquina fotográfica. Parece até o Brasil, não é?
Por isso que não visito SP e nem o RJ há mais de 10 anos. Prefiro cidades menores e mais organizadas e civilizadas no exterior!
Concordo com você em tudo.E me pergunto:
existe Ministério do Turismo no Brasil?