O centenário da inauguração do Titanic e de sua malfadada viagem inaugural,  em abril, gerou e continua gerando lançamentos de novos livros, filmes _o sucesso de James Cameron, de 1997, estreia sua versão 3D no próximo dia 13_, mostras e atrações turísticas.

Belfast, que viu o navio “inafundável” ser construído e testado em suas docas, antes de partir para sua primeira viagem do porto de Southampton, na Inglaterra, em 10 de abril de 1912 _e perdeu vários cidadãos com o famoso naufrágio, na madrugada do dia 14_ não poderia ficar de fora. No próximo sábado, será inaugurado na cidade o Titanic Belfast, um prédio grandioso que abriga nove galerias, nos quais os visitantes exploram a história do navio por meio de reconstruções, atividades multimídia e efeitos especiais.

(Fotos Peter Morrison/Associated Press)

O vistoso prédio do Titanic Visitors Centre, que custou US$ 158 milhões

Crianças assistem a imagens dos destroços do navio

Além da inauguração do Titanic Belfast _alardeado como a maior atração para visitantes relacionada ao navio do mundo _, o sábado marca o início de um festival, com eventos, peças e mostras, como a do Ulster Folk & Transport Museum, que exibe 500 artefatos originais, incluindo alguns recuperados dos destroços no fundo do mar.

Até aí, tudo perfeito _o naufrágio do Titanic continua interessando pessoas e gerando dinheiro após cem anos, e Belfast, historicamente ligada ao navio, só tem a ganhar.

A questão é o novo prédio. Grandioso, foi anunciado como uma atração que causaria efeito semelhante ao do Guggenheim em Bilbao no quesito turismo. Sua inauguração com certeza vai atrair visitantes para a cidade, mas há quem questione se a movimentação turística vai cobrir os custos milionários de sua construção.