Explorar o turismo (e não o turista)
01/06/12 18:58A prefeitura carioca recém cassou a licença de 24 taxistas que estavam cobrando corridas no “tiro”, e não no taxímetro.
A cassação acontece às vésperas da Rio+20, que será realizada entre 13 e 22 de junho. Fiscais à paisana deram conta de “descobrir” o abuso.
Mas será que é preciso estar na iminência de hospedar uma conferência internacional para descobrir no Brasil maracutaias desse tipo?
Não é raro que um passageiro de transatlântico ao desembarcar no píer da praça Mauá, na saída do porto do Rio, se depare com o mesmo ardil ao contratar os serviços de um táxi estacionado por ali.
E não é só no Rio, e sim no Brasil todo, que o turista é explorado pelo simples fato de ser turista.
No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), é frequente que, ao adentrar o saguão depois da alfândega, táxis clandestinos sejam oferecidos aos passageiros.
E recentemente, no dia das Mães, para ficar num exemplo, o próprio guichê do táxi azul e branco, que tem a concessão de operar em Cumbica, informava que estava “sem sistema” e que não aceitaria cartões de crédito. Vale lembrar que raramente uma corrida a partir de lá em direção a São Paulo sai por menos de R$ 100…
Uma anedota prosaica, que se conta nos EUA, assegura que um grande ladrão de bancos foi, ao ser preso, entrevistado por um grupo de psicólogos e psicanalsitas que lhe perguntaram: “por que o sr. rouba bancos?”. E o assaltante respondeu: “porque é lá que o dinheiro está!”.
Como o turista em geral carrega dinheiro, máquina fotográfica e valores e, se for estrangeiro, pode estar está algo deslocado, ele vira presa fácil dos gatunos em países que ou não levam a atividade turística muito a sério e/ou não têm um policiamento eficaz para zelar pela segurança dos visitantes.
Mas é questão é, também, cultural. Deveríamos ter tolerância zero com expedientes desse tipo sempre, e não apenas às vésperas de eventos importantes como a Rio+20.
Turismo no Brasil? No Brasil não se faz turismo.Se faz “aventuras”.Só com as denuncias como a sua, a situaçao pode melhorar.E preciso vigiância constante da imprensa para que possa mudar essa “política de levar vantagem”.
Perfeito o artigo. E ao Sérgio só tenho que parabenizar e completar que TODO o turismo por esse Brasilzão é “de aventura”. No péssimo sentido…Como não sou aventureiro, não viajo por este país!
no aeroporto de cuiaba a concessao de taxis é de uma cooperativa, que vc diz para onde vai e paga um valor fixo, antes da corrida, que ate o hotel ficou 40.00. achei estranho, mas fazer oq. na volta o mesmos percurso ficou hotel-aeroporto ficou 10 reais mais barato, pelo taximetro. um absurdo. se considerarmos q tiram 10 de cada turista, qdo da no fim do mes? porq a cooperativa nao usa taximetro tbm?
É por essas coisas que eu não viajo pelo Brasil.
Essa cultura de passar as pernas nos outros não merece o meu dinheiro.
A cultura do “esperto” brasileiro torna esta terra umpéssimo lugar de se viver.
No fim das contas o termo certo é “burro”, nao “esperto”