Olimpíadas britânicas e a Copa no Brasil
27/07/12 20:13No momento em que o mundo assiste boquiaberto aos Jogos Olímpicos em Londres, poucos se dão conta de que falta relativamente pouco tempo para o Brasil ser a sede da Copa de 14.
Não é o caso do presidente da Fifa Joseph Blatter, que aproveitou o ensejo e a estada da presidente Dilma Rousseff em Londres para tomar pé da situação do futuro evento futebolístico.
Blatter, que não quer ser pego no contrapé, encontrou Dilma no elegante hotel Ritz. Ouviu dela que os 12 estádios brasileiros ficarão prontos a tempo –e se disse tranquilizado.
Deve ter sido uma espécie de intervalo depois do primeiro tempo trágico em que o ministro do Esporte brasileiro Aldo Rebello se desentendeu com o secretário geral da Fifa, Jêrome Valcke, no início deste ano em Zurique.
Mas, ainda que os estádios fiquem realmente prontos a tempo da Copa do Mundo no Brasil, parece difícil de acreditar que as estradas e os aeroportos saiam do período jurássico e entrem no Primeiro Mundo em cerca de dois anos.
A Inglaterra que é a Inglaterra está pisando em ovos para fazer tudo como manda o figurino e sambou dobrado para preparar as Olimpíadas ora em curso. E já ganhou medalha de ourou ao fazer a lição de casa no tempo certo e respeitando o orçamento.
Ainda assim, Boris Johnson, o prefeito de Londres, não está sendo um político “olímpico.” Quando perguntado sobre o sucesso dos Jogos, diz que será preciso esperar três semanas e só então fazer uma análise do evento.
Sem dúvida, hospedar um evento do porte de uma Olimpíada ou de uma Copa do Mundo é, para qualquer país, uma oportunidade de investir em infraestrutura.
Em Londres, estima-se que 40 mil empregos foram criados na construção civil e que mesmo o metrô, o primeiro do mundo e hoje algo congestinonado mesmo no dia-a-dia, foi sensivelmente melhorado para os Jogos Olímpicos.
Vamos ver se aprendemos algo com os ingleses, se realmente podemos construir uma dúzia de estádios até 2014 e se as obras de infra estrutura relativas a eroportos e estradas saem da planta no prazo e dentro das previsões orçamentárias.
Não é para secar não. Mas, além da presidente Dilma, alguém no Brasil realmente acredita que isso será possível?