Sediar a Olímpiada é bom para uma cidade?
01/08/12 19:33A empresa estadunidense Information Builders montou um infográfico questionando os benefícios gerados para uma metrópole que sedia a Olímpiada.
Foram levantados alguns dados curiosos, como:
- Medalhas durante o evento – Pequim, que teve 63 medalhas em 2004, saltou para cem em 2008; Barcelona pulou de quatro (1988) para 22 (1992).
- Gastos – vamos lá: Montreal (1976) despendeu US$ 1,2 bilhões; Moscou (1980), US$ 2 bilhões; Los Angeles (1984), US$ 546 milhões; Seul (1988), US$ 4 bilhões; Barcelona (1992), US$ 9,4 bilhões; Atlanta (1996), US$ 1,8 bilhão; Sidney (2000), US$ 3,8 bilhões; Atenas (2004), US$ 15 bilhões; Pequim (2008), US$ 40 bilhões; Londres (2012), mais de US$ 20 bilhões. E pelos cálculos da Information Builders, se os Jogos continuarem a crescer nesses patamares logo atingirão a marca de US$ 50 bilhões.
- Infraestrutura – a cidade ganha, primeiramente, com novos estádios, arenas… Incorpora, ainda, zonas de treinamento, espaços destinados à imprensa e também novos aeroportos, rodovias, hotéis, atrações turísticas, investimentos na telecomunicação –ou melhoria dessas estruturas… Em Atenas, por exemplo, um projeto para ligar sítios históricos, via passarelas, estava no papel há 150 anos, e a Olímpiada finalmente fez com que ele fosse colocado em prática! Pequim gastou US$ 3,7 bilhões em extensões de sua malha de metrô e rodovias.
- Reputação – Barcelona, de 1990 a 2000, teve um aumento de 104,9% de pernoites na cidade. No mesmo período, Praga teve um crescimento de 75,1%, enquanto Berlim registrou 57,6%, Londres, 31,9% e Roma, 14,4%.
Nem sempre sediar os Jogos representa diminuir a desigualdade social. Barcelona possui cerca de 2.500 desabrigados, e Pequim registra entre 1 e 1,5 milhão.
Segundo o site, o Rio de Janeiro tem 170 mil desabrigados.
Em quais aspectos você acha que os Jogos de 2016 beneficiarão a capital fluminense pós-Olimpíada?
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Olimpíadas na cidade são ótimas para políticos e empreiteiros, que ganham medalhas de ouro em superfaturamento de obras, licitações fraudadas, concessões de serviços públicos. A população ganharia bem mais se tudo o que fosse investido para a realização dos jogos fosse destinado à EDUCAÇÃO e SAÚDE.