Felizmente, a operação-padrão da PF no aeroporto de Cumbica foi suspensa nessa sexta-feira, dia 10.

Até o dia anterior, o panorama era de 1/3 dos voos atrasados e de filas infinitas. E quem chegou do exterior, indistintamente, teve sua bagagem revistada, quando normalmente esse procedimento é feito por amostragem. A checagem de passaportes também foi demorada e os grevistas, numa atitude aí sim razoável, distribuíram folhetos expondo seus motivos à população.

Até ontem, muita gente perdeu o voo e, evidentemente, ficou irritada.

A greve da PF também afeta a emissão de passaportes e estima-se que, só em São Paulo, onde diariamente são expedidos 2.000 documentos de viagem, 1/3 dos brasileiros que aguardava o documento para viajar ficou a ver navios.

Capitaneados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), os policiais reivindicam reestrurutação da carreira e reajuste salarial,  advogando que o salário inicial, de R$ 7.200, está defasado.

Pode até ser. Mas, para angariar a simpatia da população para sua causa, a decisão dessa sexta, que interrompe a operação-padrão nos aeroportos –e em especial em Cumbica, normalmente já ineficiente– parece mais razoável, ou não?