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Trem-bala SP/Rio em ponto morto

Por silvio cioffi
02/11/12 17:26

Ainda em ritmo de Brasil grande, o sonho de construir um multibilionário trem-bala para interligar São Paulo e Rio –passando por Campinas, e ligando ainda os aeroportos de Guarulhos e do Galeão– compreenderia a construção de uma linha férrea especial de mais de 500 km de extensão.

Mas está difícil o sonho sair do papel. Muito recentemente, o governo federal adiou novamente o edital do que chama de Trem de Alta Velocidade (TAV).

A Hyundai, parece, joga um peso grande nesse pedido de mais prazo, pois o edital especificava que as empresas privadas interessadas na disputa teriam que ter 10 anos de experiência no ramo de trens ultra velozes –e a gigante coreana só teria 8 anos e meio.

Com a postergação anunciada no Congresso Nacional no último dia 30 de outubro, a licitação da primeira etapa do trem-bala só deverá ocorrer em julho de 2013.

Estima-se que, então, contará com a participação de seis grupos empresariais.

Duas questões parecem relevantes à essa altura:

1. Será que o tal trem bilionário rapidíssimo ficaria pronto até a Copa de 2014?

2. E ainda, não valeria a pena pensar em trocar o tal trem bólido por um trem bom, que não custasse tanto e que fosse, do mesmo modo, eficiente ao fazer essa ligação estratégica para o país transportando passageiros e carga entre duas das maiores cidades brasileiras?

Há muitos trens europeus de alta performance. Mas também há trens bastante adequados e modernos, cujas passagens custam menos do que a dos trens rapidíssimos. Ambos interligam a totalidade dos países da Europa ocidental. A diferença é que o trem de alta velocidade roda em vias específicas, isoladas, pois tem quase a velocidade de um avião turboélice de carreira.

Um trem ultra rápido atinge seus 250 km/h. O TGV francês, fenômeno no segmento, já registrou a velocidade de 574,8 km/h. Mas há outros trens europeus mais normais, nem tão rápidos assim, que levam gente que tem pressa, mas não tem urgência.

Velocidade custa (muito) caro. Talvez valesse refletir se o Brasil realmente precisa investir tão mais dinheiro numa estrada de ferro tão especial, em locomotivas e vagões que correm até mais rápido do que um carro de F-1…

Sim, o Brasil tem pressa: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão por aqui e o tal Trem de Alta Velocidade previsto pelo governo federal ainda não saiu do papel.

Não seria o caso de baixar a bola dessa empresa que deverá se chamar Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) para investir num trem contemporâneo menos bilionário capaz cumprir com eficiência o papel de interligar Rio e São Paulo?

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Comentários

  1. José Brasil comentou em 19/11/12 at 14:38

    O trem bala vai transportar cargas? Me parece que o problema da Dutra são os caminhões que transportam cargas entre Rio e São Paulo.

  2. Vitor Leite comentou em 05/11/12 at 15:52

    Acho mesmo que o Brasil se adiantou muito nas promessas, como fizeram os políticos nesse ano de 2012. Mas dessa vez é sério mesmo, vergonha nacional. Eu acho que devemos pensar em alternativas como o blog http://www.viagensonibus.com.br/, e confiarmos nas rotas dos ônibus de viagens, o melhor tipo de locomoção do Brasil, bem mais pontual! Abs

  3. ALEX COURI comentou em 04/11/12 at 14:31

    “Não seria o caso de baixar a bola dessa empresa que deverá se chamar Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) para investir num trem contemporâneo menos bilionário capaz cumprir com eficiência o papel de interligar Rio e São Paulo?”

    Sem dúvida.

  4. Raissan comentou em 04/11/12 at 14:27

    Muito boa a reflexão. Com a substituição do TAV por trens de alta performance ainda seria mais fácil a inclusão de grandes cidades situadas no caminho, como São José dos Campos e Resende, por exemplo, dentre os pontos de conexão.

  5. Cloves Soares de Oliveira comentou em 04/11/12 at 6:18

    Esse projeto megalomaníaco já nasceu morto. O edital publicado é cheio de falhas e parece copy/paste de alguns materiais da Internet. Para tentar justificar o investimento incluíram a carga que é transportada no percurso como justificativa. Está correto o autor ao sugerir que o melhor a fazer seria a construção de uma linha férrea normal, como as que existem, por exemplo, na Holanda.

  6. Marcelo comentou em 04/11/12 at 2:11

    O grande problema é que o governo brasileiro ‘viaja na maionese” ao exigir transferencia de tecnologia e ao fazer inúmeras exigencias. Quanto mais o estado interfere, mas as empresas exigem contrapartidas. Ao exigir transferencia de tecnologia, atrai material rodante obsoleto ou tecnologia de segunda mão, como a da Hyundai. O TGV, vale lembrar, é obsoleto e vem sendo substituído pelo AGV. Aquele recorde de velocidade não significa nada, pois o trem não é capaz de operar naquela velocidade, sob o risco de se desmontar. E com muita sorte, o TAV fica pronto para2016. Para 2014, fora de cogitaçao.

  7. eduardo antonio comentou em 04/11/12 at 0:11

    De que adianta fazer um trem bilionário, que não sirva para a população, pois será caro. Um trem comum não seria melhor para todos?

  8. Marco Brandão comentou em 03/11/12 at 22:24

    Esste artigo traduz o nosso destino, por sempre pensar pequeno e se contentar com pouco.
    Estamos condenados ao eterno subdesenvolvimento.

  9. George comentou em 03/11/12 at 12:35

    Alguém pode explicar como descer ou subir a serra que liga São Paulo ao Rio de Janeiro em alta velocidade?

    Não é possível fazer curvas fechadas em alta velocidade.

  10. Lúcia Rangel comentou em 03/11/12 at 11:27

    Absolutamente correto seu raciocínio. Não tem o menor sentido gastar uma fortuna incalculável, (até porque a despesa vai crescer ao longo da execução da obra) em um projeto deste porte. Não há necessidade desta velocidade e nem dinheiro para isto. É preciso aplicar em educação, isso sim, não em trem-bala! Fala a verdade!!!
    Os politicos adoram deixar seu nome na história e a população acaba pagando a conta. Isto é sintoma de subdesenvolvimento mental!

  11. sergio comentou em 03/11/12 at 10:57

    Concordo plenamente, pois um pais que nao tem uma malha ferroviaria estrutrada para o transporte de carga nao tem condicoes para operar o trem bala. Fora isso e um investimento demasiado caro para nossos padroes.

    So de pensar na roubalheira fico arrepiado!

  12. Curt comentou em 03/11/12 at 9:58

    Parem de sonhar com o trem bala (perdida) Não tem nem rodovias e nem estradas secundárias em estado satisfatório. E os acessos para aeroportos como estão? Aqui falta tudo e aí querem implantar um trem de alta velocidade – quando nem maria fumaça a altura, nós temos. Quanto tempo para formar um contingente de técnicos, operários etc. necessários para viabilizar uma linha ferroviária? E uma indústria fornecedora de implementos – também ferroviários?

  13. José A.Pereira comentou em 03/11/12 at 7:54

    Até para se decidir obras importantes de interesse do país, o Brasil pensa pequeno.
    Quando no século XIX se implantou o trem a vapor optou-se pela bitola estreita, prejudicando o futuro ferroviário do país. Bastaria implantar um terceiro trilho e teríamos hoje linhas férreas integradas e transporte barato para cargas e passageiros.
    Contudo apareceu uma figura simplória que resolveu destruir a malha ferroviária do país, eliminando linhas, arrancando trilhos, etc. Para quem conhece a história das ferrovias norteamericanas verá que no principio do século XX já existiam locomotivas a vapor que atingiam velocidades de até 100km por hora e nós aqui nunca passamos dos 30km com as nossas Maria-Fumaça! Como é diferente empreendimento no Brasil! Faz pena, se não podemos arcar financeiramente, cedamos aos orientais, pelo menos eles pensam grande, alem do futebol e da cachaça..

  14. fernando pelegio comentou em 03/11/12 at 0:38

    discordo do senhor. Se vai começar do zero, que faça uma coisa moderna e que dure muitos anos. Para que começar uma coisa meia boca?

  15. Rogério de Melo Franco comentou em 02/11/12 at 23:14

    Amigo, o trem-bala não tem como ligar SP ao Rio
    “passando” por Campinas. Observe a geografia e o planejamento do trajeto. Um terminal é em Campinas e o outro é no Rio. É claro que isso não tem a ver com o tamanho das duas cidades, que é despropocional, mas São Paulo está mais no meio do caminho que Campinas – que é uma das extremidades do trajeto.

  16. J. Leite comentou em 02/11/12 at 19:26

    Acredito que seria mais util construir um corredor ferroviario moderno, com capacidade de velocidade de até 150 kl/h para trens de cargas e de passageiros como era antigamente, Partindo do Rio Grande do Sul ligando todos os estados do Sul, Sudeste e todos os estados do Nordeste. Poderia até criar um trem turistico Brasil Argentina.

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