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Perfil Questões essenciais aos viajantes e curiosidades sobre reportagens do caderno "Turismo"

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O furacão Sandy e os turistas de desastres

Por Vanessa Corrêa da Silva
12/11/12 20:27

A passagem do furacão Sandy por Nova York deixou um rastro de destruição pela cidade e, além de prejuízos, trouxe um tipo peculiar de visitante à metrópole norte-americana: os turistas de desastres.

Esse tipo de visitante não se intimidade diante de cenários de acidentes, tragédias ou desastres naturais, pulando escombros e chegando o mais próximo possível de faixas de isolamento para tirar fotos de casas destruídas, árvores caídas e barcos virados no meio da rua.

O mesmo aconteceu em janeiro deste ano após o naufrágio do navio Costa Concordia na Itália. O acidente atraiu centenas de turistas à região da ilha de Giglio, ansiosos para ver a enorme embarcação adernada junto à costa italiana.

Pessoas fotografam o navio Costa Concordia na Itália (crédito: Max Rossi/Reuters)

Em uma reportagem da agência Associated Press, moradores de Nova York e Nova Jersey declararam-se incomodados e até ofendidos com esse tipo de comportamento.

“Acho um pouco ofensivo, como proprietária, porque me senti violada”, disse Joanne McClenin, que teve sua casa completamente inundada após a passsagem da tempestade.

Michelle Van Tassel, moradora de Staten Island, disse ter tido dificuldades para chegar à casa de uma amiga devido ao número de pessoas na rua. “Tem uma enorme quantidade de gente que veio para tirar fotos e ver a destruição, parece mais uma atração turística do que pessoas tentando ajudar.”

Turista russo posa sentado em barreira de sacos de areia colocada em Nova York para a passagem do furacão Sandy (crédito: Adrees Latif/Reuters)

“Obviamente eles não têm mais nada para fazer”, disse outra moradora atingida. “Se essa é sua forma de entretenimento – aproveitar o desespero alheio -, eu não tenho tempo para isso. Estou apenas tentando limpar e salvar o que eu posso”, completou.

E você? Acha normal ter curiosidade diante de locais de tragédias ou considera essa atitude um desrespeito?

 

 

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No Rio, o píer em "Y" e o "X" da questão

Por silvio cioffi
09/11/12 19:15

A temporada de cruzeiros marítimos na costa brasileira começa neste mês e reacende a questão sobre a falta de estrutura dos portos brasileiros para receber transatlânticos de grande porte.

Mesmo Santos e Rio, os dois maiores portos do país, não têm capacidade para receber as mais modernas e gigantescas embarcações de passageiros que aportam sem dificuldades na Europa e nos EUA.

No Rio, a controvérsia agora gira em torno de um píer em forma de letra “Y” que a Companhia Docas planejou construir diante do Armazém 6 e que serviria para atracar seis transatlânticos de cada vez. Há quem diga que o tal megaatracadouro deveria ser deslocado para a área do Armazém 2, que dista 500 metros do píer Mauá e do futuro Museu do Amanhã, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava que também deverá integrar a área a ser revitalizada na zona portuária carioca.

Não há controvérsia sobre a constatação de que é imperioso dotar a Cidade Maravilhosa de um espaço onde passageiros dos transatlânticos pudessem embarcar e desembarcar com um mínimo de conforto.

Mas os urbanistas advogam que o tal píer de um quilômetro de extensão em “Y” formaria uma barreira gigantesca que enfeiaria uma área que precisaria ter contornos evidentemente turísticos.

No total, o projeto de reurbanização da zona portuária carioca está orçado em R$ 250 milhões –e é o governo federal que deve pagar essa fatura.

Enquanto não se chega à conclusão se o píer em “Y” deve ser construído diante do Armazém 2 ou do Armazém 6, o tempo passa e o “X” da questão é se o ambicioso projeto vai sair do papel a tempo da Copa de 2014 ou dos Jogos Olímpicos de 2016.

Como quase tudo o que o Brasil precisa para hospedar esses grandes eventos mundiais  –trem-bala SP/Rio, modernização dos aeroportos de Cumbica e Galeão etc.–, essa obra na área do porto carioca era para ter sido iniciada no primeiro semestre de 2011. Será que vai dar tempo para dar um “jeitinho” até 2014?

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Passes da Eurail vão incluir a Turquia em 2013

Por Marina Della Valle
08/11/12 18:07

O blog In Transit, do jornal “The New York Times”, avisou no final do mês passado: a Turquia, destino que cresce cada vez mais em popularidade entre os brasileiros, vai fazer parte de dois passes da Eurail, que oferece combinações de viagens de trem pela Europa, a partir de janeiro do ano que vem.

(Marina Della Valle/Folhapress) Vista dos minaretes da mesquita Azul, em Istambul

O país poderá ser acessado por trem a partir da Bulgária, e fará parte do Global Pass, que permite viagens por 23 países em um período de 15 dias a três meses, e do Select Pass, que inclui três, quatro ou cinco países para viagens de cinco a 15 dias.

Os passes são bastante populares entre mochileiros e uma boa maneira de viajar pela Europa quando o roteiro envolve mais de dois países.

A Eurail tem outras novidades para 2013. O Westbahn, serviço de trem de alta velocidade entre Salzburgo e Viena,  passa a fazer parte da rede. Já a rede nacional da França deixa de participar do Select Pass. Assim, o país fará parte apenas do Global Pass e do Regional Pass.

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Em Roma, sem pizza e sem sorvete

Por Vanessa Corrêa da Silva
06/11/12 20:16

Em uma tentativa de aumentar a proteção de suas estátuas, fontes e outros monumentos, a cidade de Roma aprovou em outubro um regulamento municipal que proíbe o consumo de comidas e bebidas em áreas de importância histórica, artística, arquitetônica e cultural do centro da capital italiana.

A medida afeta os milhares de turistas que todos os dias visitam locais como o Coliseu, o Panteão, a Fontana di Trevi e as famosas escadas da Piazza di Spagna.

Pessoas comendo um sanduíche ou saboreando um sorvete serão advertidas pelos policiais romanos e correm o risco de levar uma multa, cujo valor varia entre 25 e 500 euros.

Turistas tiram fotos em frente à Fontana di Trevi, em Roma (crédito: Wanezza Soares/Folhapress)

A proibição de comer próximo a locais turísticos não é exclusividade de Roma. Fazer um lanche rápido nas escadas da Piazza San Marco, que atrai 25 milhões de turistas todos os anos em Veneza, também não é permitido há anos.

“Este é um local em Veneza que todos os visitantes querem ver e não podemos ter uma sitação onde é preciso andar entre pessoas comendo sanduíches de salame”, disse ao jornal “The New York Times” o diretor geral da comuna de Veneza, Marco Agostini.

Antonio Gazzellone, membro do conselho municipal de Roma e responsável pelo turismo da cidade, declarou ao jornal que espera que nenhum turista seja multado. “É uma questão de civilidade. Você não comeria uma pizza e derrubaria molho de tomate na escadaria da Casa Branca em Washington.”

E você? Concorda com a proibição ou acha que é um exagero?

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Trem-bala SP/Rio em ponto morto

Por silvio cioffi
02/11/12 17:26

Ainda em ritmo de Brasil grande, o sonho de construir um multibilionário trem-bala para interligar São Paulo e Rio –passando por Campinas, e ligando ainda os aeroportos de Guarulhos e do Galeão– compreenderia a construção de uma linha férrea especial de mais de 500 km de extensão.

Mas está difícil o sonho sair do papel. Muito recentemente, o governo federal adiou novamente o edital do que chama de Trem de Alta Velocidade (TAV).

A Hyundai, parece, joga um peso grande nesse pedido de mais prazo, pois o edital especificava que as empresas privadas interessadas na disputa teriam que ter 10 anos de experiência no ramo de trens ultra velozes –e a gigante coreana só teria 8 anos e meio.

Com a postergação anunciada no Congresso Nacional no último dia 30 de outubro, a licitação da primeira etapa do trem-bala só deverá ocorrer em julho de 2013.

Estima-se que, então, contará com a participação de seis grupos empresariais.

Duas questões parecem relevantes à essa altura:

1. Será que o tal trem bilionário rapidíssimo ficaria pronto até a Copa de 2014?

2. E ainda, não valeria a pena pensar em trocar o tal trem bólido por um trem bom, que não custasse tanto e que fosse, do mesmo modo, eficiente ao fazer essa ligação estratégica para o país transportando passageiros e carga entre duas das maiores cidades brasileiras?

Há muitos trens europeus de alta performance. Mas também há trens bastante adequados e modernos, cujas passagens custam menos do que a dos trens rapidíssimos. Ambos interligam a totalidade dos países da Europa ocidental. A diferença é que o trem de alta velocidade roda em vias específicas, isoladas, pois tem quase a velocidade de um avião turboélice de carreira.

Um trem ultra rápido atinge seus 250 km/h. O TGV francês, fenômeno no segmento, já registrou a velocidade de 574,8 km/h. Mas há outros trens europeus mais normais, nem tão rápidos assim, que levam gente que tem pressa, mas não tem urgência.

Velocidade custa (muito) caro. Talvez valesse refletir se o Brasil realmente precisa investir tão mais dinheiro numa estrada de ferro tão especial, em locomotivas e vagões que correm até mais rápido do que um carro de F-1…

Sim, o Brasil tem pressa: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão por aqui e o tal Trem de Alta Velocidade previsto pelo governo federal ainda não saiu do papel.

Não seria o caso de baixar a bola dessa empresa que deverá se chamar Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) para investir num trem contemporâneo menos bilionário capaz cumprir com eficiência o papel de interligar Rio e São Paulo?

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Pior museu de cera do Reino Unido pode fechar

Por Marina Della Valle
01/11/12 17:21

A maioria das atrações turísticas fica famosa por sua beleza ou qualidade. Não é o caso do Louis Tussauds House of Wax, em Great Yarmouth, Norfolk, na Inglaterra.

Sua fama vem exatamente da falta de semelhança de seus bonecos de cera com os retratados famosos. O lugar ficou conhecido como o “pior museu de cera do Reino Unido”, e ganhou status de atração cult, com fotos dos bonecos feitas por visitantes espalhadas pela internet.

 A diversão de tentar descobrir quem são as personalidades retratadas pode acabar logo. O casal que mantém o museu _definido, em sua página na internet, como uma atração diferente dos outros museus de cera por mostrar celebridades “como elas eram em seu pico de fama e influência_ avisou que vai se aposentar, agora que ambos estão acima dos 80 anos. O local corre o risco de virar um prédio residencial.

Boneco do príncipe William em  galeria do jornal “Telegraph”; veja outros no site da publicação, que desafia os leitores a adivinhar de quem se trata

O casal, que cuida do museu desde 1995, diz que gostaria de ver o museu seguir com as portas abertas, mas que não encontrou interessados.

Como a notícia ganhou destaque na internet, quem sabe alguém aparece para salvar o pior museu de cera do Reino Unido?

 

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No Dia das Bruxas, visite um hotel mal-assombrado

Por Vanessa Corrêa da Silva
31/10/12 19:38

Para quem não se contenta com festas à fantasia ou com pedidos de doces pela vizinhança, hospedar-se em um hotel mal-assombrado é outra opção de comemorar o Dia das Bruxas.

O guia Frommer’s e o site Huffington Post listaram hotéis que além de hóspedes abrigam fantasmas em suas dependências. Veja abaixo.

Fairmont Banff Springs

Localizado em Alberta, no Canadá, o Fairmont é assombrado pelo fantasma de um camareiro chamado Sam, que fica vagando pelo 9º andar e desaparece diante dos hóspedes que pedem ajuda ou tentam dar alguma gorjeta. Funcionários do hotel também contam histórias sobre um misterioso vento gelado que sopra embaixo das escadas de mármore do hotel, lembrança da morte de uma noiva que morreu ao cair do alto da escada no dia do seu casamento.

 

Vista do hotel Fairmont Banff Springs, no Canadá (crédito: Divulgação)

 

Grand Hotel Parco dei Principi

Segundo histórias que circulam entre funcionários, quem se hospeda no quarto 523 desse hotel de Roma costuma acordar no meio da noite devido às luzes que se acendem sozinhas e às cortinas que se movem mesmo quando a janela está fechada.

Grand Hotel Parco dei Principi (crédito: Divulgação)

 Toftaholm Herrgård

A gerência do hotel da cidade de Toftaholm, na Suécia, afirma que os hóspedes costumam relatar histórias sobre sons misteriosos, objetos que se movem de lugar inexplicavelmente e portas e janelas que são deixadas abertas à noite e amanhecem fechadas.

Fachada do hotel Toftaholm Herrgård, na Suécia (crédito: Divulgação)

 Hotel del Coronado

Reza a lenda, em 1892, uma bela mulher foi encontrada morta na escadaria em frente ao hotel, que fica em San Diego (EUA). Ela se suicidou com um tiro na cabeça por causa de um amor perdido. Desde então, a mulher é vista vagando pelos jardins e pela praia em frente ao hotel. Ela também costuma visitar os hóspedes em seus quartos, onde mostra sua presença ligando a televisão ou movendo os travesseiros.

Hotel del Coronado, em San Diego (crédito: Divulgação)

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Turismo mórbido e os cemitérios

Por Marina Della Valle
25/10/12 18:27

O Dia das Bruxas, em 31 de outubro, não é uma tradição brasileira. Mas a popularidade do Halloween em países como os EUA, o Canadá e o Reino Unido acaba “contaminando” o mês em boa parte do Ocidente _TVs programam filmes de horror, celebridades mostram fantasias para a data, e pipocam artigos sobre o que podemos chamar de “turismo mórbido”, com roteiros por locais tidos por mal-assombrados e outros do gênero.

As listas quase sempre incluem cemitérios, mas o turismo entre os túmulos vai bem além de um possível susto ou frio na barriga. Alguns cemitérios são atrações turísticas importantes, como o Père Lachaise, em Paris, e o da Recoleta, em Buenos Aires.

Após o sucesso de um artigo anterior enumerando os 12 cemitérios “mais fascinantes” do mundo _os dois citados acima são  primeiro e o segundo lugar, respectivamente _, o site de turismo independente BootsnAll resolveu fazer um repeteco, e preparou uma nova lista com mais dez cemitérios que valem uma visita.

(Enrique Marcarian/Reuters) Visitantes no cemitério da Recoleta, em Buenos Aires

Essa segunda listra traz cemitérios bem curiosos ao redor do mundo. Um deles é o de Sleepy Hollow, nos EUA, imortalizado em um conto do autor Washington Irving, que, não por acaso, está enterrado ali. A adaptação do conto para o cinema, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” (1999), de Tim Burton, ajudou a cimentar a fama do lugar.

Outro local impressionante é Sagada, nas Filipinas, onde os mortos descansam em caixões suspensos, presos em penhascos rochosos.

Apesar das dicas na época do Halloween, a maioria das pessoas não visita cemitérios em busca de um ambiente macabro. Um dos principais motivos é ver túmulos de ídolos _no caso do Père Lachaise, poucos visitantes saem antes de uma espiada nos locais de descanso do escritor Oscar Wilde e do músico Jim Morrisson, do grupo The Doors.

Outros vão atrás de sossego, verde _vários cemitérios exibem árvores e plantas bem-cuidadas no estilo de um parque _ e de obras de arte, um campo conhecido como arte tumular.

Em São Paulo, um passeio pelo cemitério da Consolação, o mais antigo de São Paulo, proporciona várias das experiências acima. Arborizado, exibe obras de arte tumular de Victor Brecheret e Bruno Giorgi, entre outros, e abriga túmulos de diversas personalidades brasileiras, como Monteiro Lobato, os modernistas Tarsila do Amaral, Oswald e Mário de Andrade, e nomes históricos como a Marquesa de Santos e Washington Luís.

 

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Uma doação milionária para o Central Park

Por Vanessa Corrêa da Silva
25/10/12 15:51

A agência EFE noticiou esta semana que um multimilionário norte-americano, John Paulson, doou US$ 100 milhões para a conservação do Central Park, em Nova York. Essa é a maior quantia já doada para um parque público na história.

A doação será destinada à organização Central Park Conservancy, uma entidade privada sem fins lucrativos que administra o parque.

“Caminhando pelo parque em diferentes estações do ano, sempre me vinha à mente que o Central Park é a instituição cultural de Nova York mais merecedora desta doação”, afirmou Paulson.

O milionário declarou que “o parque é muito grande e esta doação é relativamente pequena”, pois, em sua opinião, “é impossível imaginar o que seria Nova York sem o Central Park”.

Você concorda com Paulson? Acha que os milionários brasileiros deveriam fazer o mesmo por aqui?

 

Vista do Central Park, em Nova Yor (crédito: Mario Tama/AFP)

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A fratura exposta dos aeroportos brasileiros

Por silvio cioffi
19/10/12 17:59

“Depois que o ladrão entra na casa é que o morador instala as trancas”, diz a sabedoria popular. E foi o que aconteceu em Viracopos, depois que um velho MD-11 da empresa aerea de cargas norte-americana Centurion Air empacou, com um pneu estourado, na única pista do aeroporto de Viracopos (SP) no sábado, dia 13, às 20h40.

O incidente só foi resolvido em 46 horas, quando foi, afinal, possível remover a gigantesca aeronave e desbloquer o aeroporto com equipamentos trazidos de São Carlos pela TAM.

Tarde demais: no meio do fim de semana prolongado por um feriado, 416 voos foram cancelados e cerca de 25 mil passageiros foram prejudicados, a maior parte deles usuários da Azul Linhas Aéreas.

Depois disso, a concessionária Aeroportos do Brasil, que opera o aeroporto de Viracopos em conjunto com a Infraero, diz que passou a “estudar” a compra de equipamentos de resgate para aeronaves de grande porte, o “recovery kit”, que custa cerca de US$ 2 milhões.

Se qualquer avião comercial custa bem mais do que isso, como é que todos os aeroportos, como condição prévia de funcionamento, não são obrigados a ter carretas e colchões de ar apropriados lidar com acidentes como o que aconteceu com o MD-11 da Centurion?

Já pensou, se tal incidente, ao invés de acontecer no pouso de um velho cargueiro cheio de aparelhos eletrônicos, tivesse acontecido com uma aeronave lotada de passageiros?   

O fato expõe ao menos duas mazelas brasileiras: 1. a má gestão dos aeroportos brasileiros, que, em geral, não tem meios próprios para remover um avião de grande porte de pneu furado; e 2. as condições em que opera Viracopos, cuja capacidade está próxima de estar no limite. Em 2011, cerca de 7,5 milhões de passageiros usaram tal aeroporto; neste ano, estima-se que por lá devam passar 11 milhões de usuários.

A pergunta é: o que acontecerá no Brasil se não forem feitos investimentos de infraestrutura a tempo da  Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016?

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou que o governo federal vai anunciar regras para novas concessões aeroportuárias (e portuárias) logo após o segundo turno das eleições municipais, que acontecem no próximo dia 28.

Mas haverá tempo hábil? E o que acontecerá com a Infraero, a estatal que dirige a maior parte dos aeroportos do país? Há quem diga que não adianta a criar uma outra empresa pública, a anunciada “Infrapar”, para participar da gestão dos aeroportos de Viracopos e de Guarulhos e, também, para o aeroporto de Brasília. Para sair do atraso e driblar o caos aereo que ronda a quase totalidade dos aeroportos brasileiros é preciso, além de gastar dinheiro público, investir numa nova mentalidade de gestão aeroportuária.

 E se as providências não forem tomadas com competência e celeridade, não adiantar vai chorar quando o Brasil mostrar a sua face bagunçada e leniente ao mundo todo durante os megaeventos que pretende hospedar em 2014 e em 2016.

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